O presunto está fresco e servido. E a população começa a
chegar com o pão, queijo e refrigerante. Até aí é algo normal, não há povo mais
sádico que o brasileiro. Mas o que aconteceu em Recife há algum tempo atrás já
passou dos limites. Tudo aconteceu na comunidade Roda de Fogo, onde a população
batia palmas e gritava ao assassino “mais um, mais um...”, pois o crime havia
animado aquela tarde. Mas quem estava com fogo na roda foi uma moça que, sem
pudor nenhum, começou a fazer Strip Tease em frente à população e ao pobre e
indefeso cadáver estendido no chão. Será que assim como uma ex-universitária da
Uniban, que não vou citar o nome, ela quis aparecer para a mídia? Marcelo Rezende
e Datena já a procurou para animar os seus respectivos programas.
Como se percebe pela foto e pelo fato, ela não tem nenhum corpo
de levantar defunto. Diria até que não levanta nem o que está vivo. Não se sabe
quem tinha mais furo, o peito de Antônio Ronnes da Silva, vulgo o morto, que
parecia mais um queijo suíço, ou a bunda da tal moça, a qual identidade será
mantida em sigilo, que parecia mais uma pedra-pomes (aquela de lixar o
calcanhar).
Mas o que espanta
mesmo é o jeito que a população encarou um fato como este e a banalização da violência.
Parecia que ao invés de ter um corpo de uma pessoa estendido no chão, parecia
haver um bolo, pois o clima era de festa, e não de qualquer outro sentimento
que corresponda com tamanha violência. A violência virou algo normal na
sociedade, muitos até ganham a vida com ela, mas é inaceitável esse tipo de
comportamento. A população deveria cobrar por políticas de segurança e
educação, ao invés de comemorar a justiça feita com as próprias mãos. Pois
violência só gera mais violência, e amanha o presunto fresquinho pode ser quem
chegou hoje com o pão, com o queijo, com o refrigerante...
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