Desde os tempos das cavernas os seres humanos tem grande necessidade
de se expressar e se comunicar. É notável não só a evolução da escrita, como
também dos meios e formas de comunicação desde a era paleolítica até hoje.
Entre os meios de comunicação, o que mais tem se notado a
evolução dos comunicadores é o banheiro. Isso mesmo, o banheiro público.
Antes usado somente para passar um fax, o banheiro hoje é um
local onde os filósofos pós-modernos produzem suas obras. Não estou falando
daquele negócio marrom e pastoso que recebe vários nomes diferentes e que no
fundo é a mesma merda, mas sim das frases que são escritas nas paredes do
recinto.
Existem frases conhecidíssimas, que podemos considerar as
“Monalisas” como: “Lá fora você é
machão, aqui você é um cagão”, ou aquela
: “Não cague cantando porque o cocô não sai dançando”. E tem aquela clássica: “Aqui termina a obra
de um cozinheiro”.
Essas duas ultimas frases citadas acima mostram que eles
também entendem de música e de gastronomia.
Há quem pense que no banheiro só exista arte barroca, mas
também há poesias de matar Carlos Drummond de inveja, exemplo: “Cagar é a lei
da vida, cagar é a lei do universo, e foi aqui cagando que eu escrevi esse verso”.
“Bosta não é tinta, dedo não é pincel, quando você cagar se limpe com papel”. “Nesse lugar sagrado toda vaidade se acaba, o
mais covarde se esforça e o mais valente se caga”.
Também existem escritores que fazem obras para reflexão, e
cá para nós, não há momento mais propício para refletir do que esse momento
sagrado. Certa vez vi essa frase em uma parede:
“Enquanto você está cagando existe um japonês estudando”. Já vi também: “Homem que fala fino pode crer
que fala grosso”. Pense a respeito.
Quem não tem dinheiro para classificados pode anunciar nas
paredes dos banheiros públicos. Já vi de venda de carros até a venda do próprio
corpo.
Há também quem procura a sua alma gêmea. E nem são tão
exigentes, pelo que vi esse público gosta de gente bem dotada e que tenha o
celular da mesma operadora.
Cuidado que também há “pegadinhas” nesse tipo de arte. Uma
vez vi uma frase com letras miúdas no rodapé da porta. Me abaixei para ler e a
frase dizia: “Cuidado, se chegar muito perto você corre o risco de cagar fora
do vaso”.
E mesmo com tanta arte espalhada pelas paredes, ainda há
pessoas que levam jornais e revistas para o banheiro! Pelo menos o nosso jornal
não é impresso e ninguém se limpa com ele. Mas com textos como esse que ficou
uma bosta, se alguém se limpar com ele vai ficar difícil distinguir o que é
fezes e o que jornal!
Um comentário:
Kkkkkkkkkkkkkkkkk! Genial!
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