quarta-feira, 20 de março de 2013

A arte no banheiro



Desde os tempos das cavernas os seres humanos tem grande necessidade de se expressar e se comunicar. É notável não só a evolução da escrita, como também dos meios e formas de comunicação desde a era paleolítica até hoje.

Entre os meios de comunicação, o que mais tem se notado a evolução dos comunicadores é o banheiro. Isso mesmo, o banheiro público.

Antes usado somente para passar um fax, o banheiro hoje é um local onde os filósofos pós-modernos produzem suas obras. Não estou falando daquele negócio marrom e pastoso que recebe vários nomes diferentes e que no fundo é a mesma merda, mas sim das frases que são escritas nas paredes do recinto.

Existem frases conhecidíssimas, que podemos considerar as “Monalisas” como:  “Lá fora você é machão, aqui você é um cagão”,  ou aquela : “Não cague cantando porque o cocô não sai dançando”.  E tem aquela clássica: “Aqui termina a obra de um cozinheiro”.
Essas duas ultimas frases citadas acima mostram que eles também entendem de música e de gastronomia.

Há quem pense que no banheiro só exista arte barroca, mas também há poesias de matar Carlos Drummond de inveja, exemplo: “Cagar é a lei da vida, cagar é a lei do universo, e foi aqui cagando que eu escrevi esse verso”. “Bosta não é tinta, dedo não é pincel, quando você cagar se limpe com papel”.  “Nesse lugar sagrado toda vaidade se acaba, o mais covarde se esforça e o mais valente se caga”.

Também existem escritores que fazem obras para reflexão, e cá para nós, não há momento mais propício para refletir do que esse momento sagrado. Certa vez vi essa frase em uma parede:  “Enquanto você está cagando existe um japonês estudando”.  Já vi também: “Homem que fala fino pode crer que fala grosso”. Pense a respeito.

Quem não tem dinheiro para classificados pode anunciar nas paredes dos banheiros públicos. Já vi de venda de carros até a venda do próprio corpo.

Há também quem procura a sua alma gêmea. E nem são tão exigentes, pelo que vi esse público gosta de gente bem dotada e que tenha o celular da mesma operadora.
Cuidado que também há “pegadinhas” nesse tipo de arte. Uma vez vi uma frase com letras miúdas no rodapé da porta. Me abaixei para ler e a frase dizia: “Cuidado, se chegar muito perto você corre o risco de cagar fora do vaso”.

E mesmo com tanta arte espalhada pelas paredes, ainda há pessoas que levam jornais e revistas para o banheiro! Pelo menos o nosso jornal não é impresso e ninguém se limpa com ele. Mas com textos como esse que ficou uma bosta, se alguém se limpar com ele vai ficar difícil distinguir o que é fezes e o que jornal!

Um comentário:

Anônimo disse...

Kkkkkkkkkkkkkkkkk! Genial!