terça-feira, 19 de março de 2013

As Maravilhas do Trânsito




Já que no Brasil as coisas são mais bagunçadas que a casa da Mãe Joana (embora eu nem sei quem é e nem onde mora), o trânsito não poderia ser diferente, não é?

Pegaremos de exemplo cidades grandes como São Paulo. Ultimamente, está bem mais fácil andar a pé do que enfrentar certas vias de acesso no horário de pico. Pesquisas espaciais comprovaram que o trânsito da Marginal Tietê em horário de pico é visto da lua em dia sem nuvens e baixa nebulosidade.

A impressão que nos dá é que a proporção é de um carro para cada habitante, mas o que nos provam contrário são os trens, metrôs, ônibus, lotações, cipós ou balsas que operam nesse horário. Totalmente lotados, mais lotados que o interior de uma lata de sardinha. Dizem que é bom esse tal calor humano. Dentro destes coletivos tem tanto calor humano que dá até briga, de tão acaloradas que ficam as discussões. Um dia desses estava eu num coletivo quando uma moça deu sinal para desembarcar do ônibus lotado, mas encontrava-se a sua frente um senhor de aparentemente uns 65 anos que obstruía a sua passagem, a moça perguntou: "O senhor vai descer?" e o tiozinho respondeu prontamente: "Não, não! Vou morar aqui dentro!". O que nos mostra que esta louca qualidade de vida acaba estressando o cidadão.

A poluição que o trânsito causa é assustadora. Hoje em dia o pulmão de quem mora em São Paulo está igual ao de fumantes. A diferença é que o cigarro é opcional e a poluição não. Poluição se acumula nas cidades pelo simples fato de não ter áreas verdes, somente esta "Floresta de concreto e aço", já dizia o poeta.

Além das vias serem mais esburacadas que queijo suíço, não ter sinalização de qualidade e alagam até com o sereno da madrugada, aumenta absurdamente o número de motoboys. O lema deles é "rapidez", já que segurança é luxo. Por isso que chegam tão rápido ao céu (gentilmente falando). Para eles não tem faixa e nem sentido certo, pois eles costuram mais que o alfaiate do Faustão e do Jô Soares juntos, o que aumenta o risco de acidentes tanto deles quanto dos pedestres, ciclistas, cachorros, profissionais do farol, etc. E como uma unidade de resgate faz para chegar ao local de acidente e prestar o atendimento, se até o helicóptero pega congestionamento?
Por isso que eu só ando de ônibus ou de carona, já é um carro e um estressado a menos por aí!

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