quarta-feira, 27 de março de 2013

Na Bahia é assim, polícia tem que ser virgem!


A Polícia Civil da Bahia abriu vagas e lançou um concurso público para a mulherada que gosta de combater o crime. São 600 vagas, com salários de R$ 1.558,89 a R$ 9.155,28. As primeiras provas, com questões objetivas e discursivas, estão marcadas para 7 de abril. Então corre, corre Mulher Maravilha!

Até aí tudo bem, o que está deixando o mulheril baiano indignado é que no edital do concurso consta que para concorrer às vagas a mulher precisa ser virgem. Não estou falando de signo do zodíaco, estou falando que o hímen da candidata precisa estar intacto, sem sinal nenhum de bulimento.

E não adianta mentir, é obrigatório passar por "avaliação ginecológica detalhada, contendo os exames de colposcopia, citologia e microflora". E se bobear colocam até farinha de trigo no chão, pedem para a candidata se sentar em cima para ficar a marca e contar quantas “pregas” ela ainda tem.

A OAB contesta a exigência. "Exigir que as mulheres se submetam a tamanho constrangimento é, no mínimo, discriminatório, uma vez que não tem qualquer relação com as atribuições do cargo, além de tornar mais oneroso o concurso para as candidatas do gênero feminino", diz o texto da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da entidade. A nota ainda fala em violação ao chamado princípio da dignidade da pessoa humana, previsto pela Constituição brasileira, e à "intimidade, vida privada, honra e imagem.

Agora o que eu não sei é como eles vão encontrar 600 mulheres virgens nos dias de hoje! Ainda mais na Bahia, terra das micaretas e carnaval o ano todo. Claro que não estou generalizando ou chamando a mulher baiana de “quenga”, mas por exemplo, uma mulher casada não poderia participar, é absurdo.

O governador da Bahia, Jaques Wagner suspendeu o item do concurso público ante a repercussão que o caso tomou. Os organizadores do concurso disseram que foram mal interpretados e que o exame não era para provar a virgindade de ninguém e sim um exame ginecológico comum que isentava as mulheres virgens, por isso precisava da comprovação. Mas não era isso que dizia o edital!

Eu torço para que nos concursos masculinos tenham isso também, assim tenho alguma chance de passar. Já se fizesse esse tipo de pré-requisito para políticos disputarem eleições, pode ter certeza que muitos seriam reprovados no teste da farinha de trigo.

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