quarta-feira, 10 de abril de 2013

Casamento gay está liberado no estado de São Paulo



Nesse novo quadro do nosso querido jornal, abordaremos notícias “polêmicas” analisando-a com a visão de todos os envolvidos e diretamente interessados.

Entre tantas notícias polêmicas nesse mês de março, destacarei uma que deixou meus colegas de redação felizes da vida: o casamento gay está liberado em todos os 832 cartórios paulistas.

Curiosamente, a lei começou a vigorar um dia após o Papa Bento XVI sair do cargo, mas nada tem a ver uma coisa com a outra, o casamento gay na igreja continua “proibido” pelo Francisco.

Se você, caro leitor, se interessou,  vai atrás (no bom sentido da frase), e não conseguir registrar o pedido de casamento em algum cartório, pode fazer uma denúncia à Corregedoria Geral de Justiça.

Confesso que quando vi a notícia achei que São Paulo era o São Paulo Futebol Clube, mas não, é no estado mesmo.

Vamos ver como as pessoas receberam essa notícia:

Os religiosos em geral acharam uma pouca vergonha. Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo. Uma família não pode ser constituída por homossexuais, pois eles não podem se reproduzir e na bíblia diz que relações sexuais só podem ser feitas após o casamento e com o intuito de reprodução.

Os políticos pensam da seguinte maneira: “estou meio queimado na rodinha, então vou criar uma lei para beneficiar uma grande camada da sociedade, que com certeza votará em mim na próxima eleição como forma de gratidão”.

A lei diz: "Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,...".

Os homossexuais com certeza ficaram muito contentes com a aprovação dessa lei. Essa é uma grande conquista, um passo importante no caminho contra o fim do preconceito. Além disso, um motivo a mais para poderem andar de cabeça erguida e poder usufruir desse direito de cidadão.

As pessoas de outros estados estão divididas em relação a decisão dos paulistas. Caravanas e mais caravanas do Rio Grande do Sul estão vindo para cá. Já o pessoal dos demais estados dizem “só podia ser paulista mesmo!”.

Eu, Rodrigo Portuga, acredito que negar às pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões civis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social. Sou heterossexual e realmente até hoje não consigo entender o porquê de um casal gay aterrorizar tanto as pessoas. Acredito que algumas pessoas que não estão seguras da sua sexualidade, preocupam-se demais com a vida sexual alheia. Sou católico e posso ser até excomungado por escrever isso, mas acho que direitos humanos e a bíblia não se misturam. A bíblia diz, por exemplo, que as mulheres devem ser submissas aos homens, mas o que vemos hoje é uma mulher mandando e desmandando em todos os homens do país, exceto no Lula. Esse casamento visa garantir direitos constitucionais e nada tem a ver com religião. 

Acho que todos têm o direito de ser feliz, contanto que sua felicidade não interfira na felicidade dos outros. E, para falar a verdade, essa notícia não interferiu na minha.

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