terça-feira, 9 de abril de 2013

Terra de gente boa




Eu, Diego Henrique dos Anjos Silva, um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso e sem parentes importantes, analisando alguns dados, levantei certos questionamentos: Será que o brasileiro se acha mais esperto do que os outros povos? E será que tem alguma moral para reclamar dos nossos queridos políticos?
Uma nova doença foi catalogada e é provável que a maioria dos casos aparece aqui no meu Brasil varonil. Trata-se de uma irritação nos olhinhos de noite serena das pessoas, causando muito ardor e deixando os olhos tão vermelhos, que parece até que o paciente usou groselha ao invés de usar colírio. É um caso clínico que aparece geralmente nas pessoas que trabalham nos finais de semana e também nos feriados prolongados. Esta doença ganhou o popular nome de “shampootivite”. Como o próprio nome já diz, o vírus desta doença encontra-se no shampoo, quando “acidentalmente” o mesmo cai no olho. O vírus pode ser encontrado em detergentes, sabonetes e em outros produtos. Rende de 5 a 7 dias de afastamento médico remunerado, e esse mesmo tanto de dias de farra, praia ou interior, passando a perna na empresa de um jeitinho bem brasileiro. Os casos de shampootivite tendem a aumentar nesta temporada de carnaval.
Brasileiro quando encontra algum objeto perdido, diz que é sorte e até agradece ao Bom Deus por ter concedido aquela graça a ele. Pode ser celular, carteira com documentos e dinheiro, relógios, guarda-chuvas e esposas alheias. A última coisa que vem na cabeça, e quando vem, é a situação do “antigo dono” do item encontrado. Daqui a pouco vão ver um carro estacionado na rua e vão falar que achou jogado. Se o achado for um celular, a primeira coisa que se faz é tirar o chip e jogar fora, para garantir que o antigo dono não vai localizar o bem perdido, mas isso depois de gastar todo o crédito que tinha no chip de linha. O povo se sente mais feliz do que macaco na plantação de banana até se achar um dentadura pelas ruas.
Citei alguns exemplos de atitudes desonestas que presenciamos por aí. Poderia descrever mais um monte, como venda de votos por cestas básicas ou óculos, furar filas em bancos ou terminais de ônibus usando os mais esfarrapados tipos de desculpas, fazer ligação irregular de água, luz, telefone, internet, gás (a famosa gambiarra), das tentativas de subornos nas rodovias por mau estado dos veículos ou documentação irregular. Para este ultimo caso, alguns policiais já andam com o catálogo de preços na viatura, do tipo: Lanterna queimada: R$75,00; Pneu careca: R$150,00; Documentação do carro ou do condutor irregular: R$ 300,00... E o povo brasileiro ainda reclama da Dilma, do Lula, do Sarney, do Maluf e de tantos outros políticos que pintam o sete com o dinheiro público. O povo tem razão de reclamar, mas não faz nada para mudar e sempre querem levar vantagens uns sobre os outros. Querendo ou não querendo, estes políticos sem-vergonhas já saem do meio da população. Os funcionários das empresas trazem canetas, envelopes, clipes, blocos de anotações de suas empresas e não reparam que isso é roubo. Em minha opinião, é o mesmo crime para quem rouba dinheiro e para quem rouba galinhas ou goiabas da casa alheia. Infelizmente a atitude de querer ser melhor do que os outros passam de pai para filho, e assim continua essa coisa ridícula que acaba virando cultura no país. Se o brasileiro tem uma calça que já não o serve mais, ele tenta vender para um amigo, mas não se desfaz da roupa de graça, ela fica lá nem que seja para enfeitar o guarda-roupa. A impressão que dá e que o “desejo de vantagem” já vem no sangue do brasileiro.
Cada coisa.

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