A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que determina o fim
dos 14º e 15º salários pagos todos os anos a senadores e deputados federais. A
proposta, de autoria da senadora licenciada Gleisi Hoffman, do PT,
foi promulgada pelo presidente do Congresso, Senador Renan Calheiros do PMDB.
O salário mensal dos congressistas, sem contar benefícios
como plano de saúde, passagens áreas e cota para gastos de gabinete, é de R$
26.723,13. Somados, os dois subsídios adicionais acresciam R$ 53.446,26 ao
bolso dos parlamentares.
A medida deve gerar uma economia anual de pelo menos, R$
30,1 milhões para o parlamento, considerando-se o que foi gasto pelas duas
casas com esses benefícios em 2012.
Finalmente uma boa notícia nesse circo chamado Brasil. Como
uma pessoa pode receber 15 meses de salário, se não trabalha nem 9 meses no
ano?
Certo, seria uma boa notícia, mas o que ninguém contava é
que poucos dias depois apareceria uma série de projetos que aumentariam e muito
o gasto dos nossos parlamentares, ou seja, deram com uma mão e tiraram com a
outra!
A principal mudança é o reajuste da chamada cota mensal de
atividades parlamentares. Os recursos da cota são usados no pagamento de
passagens aéreas, telefone, serviços postais, assinatura de publicações,
combustíveis e lubrificantes, entre outros gastos dos deputados. Os
parlamentares apresentam as notas fiscais dos serviços e são ressarcidos pela
Câmara.
Além disso, novos cargos seriam criados, e o impacto com
criação dos mesmos, de indicação política será de R$ 8,7 milhões, em 2014. Os
projetos ainda deverão ser votados em plenário.
O maior problema é que já temos deputados demais, assessores
demais e já é gasto dinheiro demais com eles.
Brasília é uma cidade situada num universo paralelo. A única
ligação dela com o nosso universo é que somos nós que sustentamos o que ali se
gasta. Os membros dos três poderes vivem naquele universo à parte, totalmente
desligados do resto do país e voltados apenas para si mesmos. Criam benesses
para si, promulgam leis que os tornam impuníveis, fazem conchavos, vivem num
mundo de maravilhas. Eu pergunto: precisamos mesmo deles?
Um comentário:
Sinceramente acredito que não precisamos deles.
Me lembro de quando li a biografia de Proudhon e de como ele se sentia frustrado quando ele fazia parte do parlamento e de como ele se via distante do mundo real.
É assim que eles vivem... E só para constar Jean Wylys não era a favor do fim dos salários.
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